O Castelo de São Jorge é um icónico Monumento Nacional, com um número de visitantes anual a rondar os 1.500.000, destacando-se como o Monumento mais visitado do país. Assim, e, não obstante a significativa componente patrimonial do equipamento cultural, a componente turística marca de forma indelével o dia a dia do equipamento.
Com cerca de 96% de visitantes estrangeiros, o Castelo de São Jorge requer que sejam mantidos os mais elevados padrões de qualidade de serviço, quer a nível nacional, quer a nível internacional. Desde o momento em que o visitante se aproxima do Castelo até ao fim da sua visita, é necessário assegurar que a sua experiência é consistente e agradável, tanto do ponto de vista do rigor científico, como do ponto de vista do lazer. A equipa do Castelo é constituída por 43 pessoas que, em permanência, aí trabalham e desenvolvem a sua atividade e que são determinantes para a prossecução da missão do monumento.
O conjunto conhecido como Castelo de Lisboa e Cercas de Lisboa encontra-se classificado como Monumento Nacional, por Decreto de 16 de junho de 1910. O monumento é constituído pelo Castelo, pelas ruínas do Paço da Alcáçova, pela Praça de Armas, por um extenso miradouro sobre a cidade, um núcleo museológico, um núcleo arqueológico, zonas de jardins e muralhas. O Castelo ocupa uma área de cerca de 4 hectares de extensão e está delimitado por uma enorme cintura de muros e muralhas que correspondem, em parte, aos limites da antiga alcáçova de Lisboa, componente patrimonial que permite ao visitante ter contacto direto com a história da cidade e, para além disso, é desenvolvida uma programação nos espaços ao ar de livre do monumento, que permite ao visitante disfrutar da visita de uma forma completa.
O Serviço Educativo do Castelo de São Jorge é responsável pela divulgação do monumento nacional junto do público que o visita tendo em conta as faixas etárias, a diversidade das origens geográficas e o facto de 96% dos visitantes não dominarem o português. A salvaguarda do património e a fruição do mesmo devem estar em perfeita articulação, o que implica uma gestão sustentável dos recursos existentes.
Oferta – Direção do Castelo de São Jorge – Lisboa
Funções
Tendo em conta a natureza e as características do Monumento, as funções de Direção do equipamento abrangem a sua gestão estratégica e corrente, bem como a sua conservação e valorização patrimonial, a coordenação da sua comunicação e ligação ao público, e a sua projeção nacional e internacional.
Competências específicas da Direção
- Definir e propor ao Conselho de Administração a missão e a estratégia do espaço cultural que dirige, identificando objetivos de gestão, patrimoniais e institucionais;
- Elaborar, submeter à aprovação, executar e controlar o Plano de Atividades anual da Unidade Orgânica com todas as valências e áreas de atuação aí refletidas (programação, serviço educativo, comunicação, públicos, recursos humanos e comercial), assim como os respetivos orçamentos e planos de investimento necessários para o cumprimento da missão e objetivos do espaço cultural que dirige;
- Definir a programação, planificar e gerir a atividade geral do espaço cultural, assegurando a coordenação entre todas as áreas funcionais do mesmo;
- Representar institucionalmente o espaço cultural junto de outras instituições e parceiros, assegurando a interligação com o Conselho de Administração;
- Assegurar a gestão executiva do espaço cultural, coordenando e supervisionando as diversas áreas funcionais, incluindo a gestão orçamental, a gestão e motivação das pessoas e a gestão de serviços concessionados;
- Garantir que a atividade desenvolvida no espaço cultural que dirige responde e cumpre os requisitos legais e regulamentares aplicáveis (nomeadamente com as normas de Contratação Pública) e está alinhada com as melhores práticas da área de especialidade da Uñidade Orgânica;
- Reportar informação relativa à gestão e execução do plano e orçamento aprovados, elaborando os relatórios de atividades e contas com a periodicidade definida;
- Supervisionar a utilização, manutenção e conservação patrimonial das instalações, equipamentos e materiais afetos à atividade do espaço cultural, encetando as necessárias diligências com vista à sua preservação, assim como zelar pelos espaços concessionados;
- Supervisionar a execução das atividades ou serviços contratados a terceiros;
- Definir, cumprir e fazer cumprir os Planos de Segurança e as Medidas de Autoproteção aplicáveis ao espaço cultural, em articulação com o Gabinete de Obras, por forma a garantir a segurança de pessoas e bens.
Perfil
- Experiência comprovada de um mínimo de 3 (três) anos na direção de uma instituição cultural (pública ou privada) ou de uma área de instituição cultural relevante para a função;
- Experiência na conceção, desenvolvimento e gestão de programas e projetos na área do património cultural;
- Experiência em gestão de projetos culturais em contextos turísticos e/ou experiência em gestão de equipamentos ligados ao turismo;
- Conhecimento e domínio de redes de preservação e promoção do património cultural;
- Capacidade de agregar equipas profissionais, parceiros e públicos em torno de projetos;
- Habilitação académica superior (licenciatura, mestrado ou doutoramento);
- Domínio oral e escrito do português e do inglês (nível C2). Será dada preferência a quem tenha também o domínio do francês (nível C2).
Condições contratuais
- Contrato: regime de comissão de serviço pelo período de 36 meses, com possibilidade de renovação;
- Remuneração base mensal: 2.864,74€ (dois mil, oitocentos e sessenta e quatro Euros e setenta e quatro cêntimos) a que acresce um complemento remuneratório por isenção de horário no valor de 1.145,90€ (mil cento e quarenta e cinco Euros e noventa cêntimos);
- Início de funções: 2.º trimestre de 2024;
- Local: as funções serão desempenhadas nas instalações do Castelo de São Jorge.